domingo, 28 de agosto de 2011

1991, um ano rock: Red Hot Chili Peppers





Este álbum, “Blood Sugar Sex Magik”, lançou o Red Hot Chili Peppers ao sucesso mundial, e mais que isso, marcou uma certa “curva” em sua produção musical. Os primeiros discos da banda juntavam o funk sujo da guitarra com os vocais rap do vocalista Anthony Kiedis, tudo conduzido pelo monstruoso baixo de Flea, um dos principais baixistas de toda a história do rock. Porém, nos primeiros anos, a banda não foi muito além do circuito underground americano, com algumas excursões pela Europa.

Abusando das drogas, sofreram um doloroso baque com a morte do guitarrista original, Hillel Slovak, em 1988, por overdose. John Frusciante assumiu seu lugar e em 1989 lançaram o disco “Mother’s Milk”. Mas foi com “Blood Sugar Sex Magik” que o Red Hot conciliou a fúria de seu funk com um acabamento mais pop.

A balada “Under the Bridge” - sobre a conexão de Anthony Kiedis com Los Angeles e impregnada de um certo fundo melancólico mencionando seu vício em drogas – mostra muita sensibilidade de John Frusciante. A acústica “Breaking the Girl” mostra uma faceta do Chili Peppers nunca apresentada nos discos anteriores. Tem percussão experimental e mellotron, conta ainda com o belo backing vocal de John Frusciante.

O maior clássico do Chili Peppers, “Give It Way” também é deste disco. A canção tem todos os elementos do som do Red Hot e conta com um clipe surreal, de fotografia prateada, gravado no meio do deserto americano. A influência funk neste disco continua em canções como “Suck My Kiss”, “Mellowship Slinky in B Major”, “If You Have to Ask”, “Sir Psycho Sexy” e muitas outras. A riqueza do álbum é impressionante. Este disco marca também a parceria da banda com o produtor Rick Rubin, que trabalha na produção de seus discos até hoje.

“Blood Sugar” chega a ser apontado como percussor do new metal, por aliar o vocal rapeado ao peso. Não acho que chega a tanto, acredito que as bandas de new metal têm outras referências.

O guitarrista John Frusciante deixou a banda durante a turnê deste disco, gerando certa instabilidade. O RHCP passou por um período conturbado no meio dos anos 90 com o irregular disco “One Hot Minute”. Voltaram ao sucesso mundial com o “Californication”, de 1999. Mas a esta altura, a banda tinha se reinventado totalmente em relação ao que foi em seu início, nos anos 80. A nova direção sonora começou a ser trilhada em 1991, com “Blood Sex Magik”.

E aí, curtiu? Aqui termina a pequena série sobre discos clássicos do rock lançados há 20 anos, em 1991. Confira também os textos sobre os discos de Nirvana, Metallica e Ozzy Osbourne lançados naquele ano. Até mais!

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