quarta-feira, 6 de abril de 2011

A lâmpada e o telefone

As pessoas gostam de celulares. Bem, eu não posso culpá-las. Celulares deixaram de ser apenas o que são (telefones móveis) e ser tornaram o próprio mundo na mão de cada um. Dá pra mexer na internet, tirar fotos, fazer vídeos (com qualidade cada vez maior) jogar joguinhos (dignos de Playstation). Lembro que os celulares começaram todos pretos, enormes. Aos poucos foram ficando coloridos por fora e na telinha. Finalmente, perderam a indecente antena. Estavam cada vez menores e mais finos. Até que hoje parece haver uma volta ao passado: os modelos mais modernos têm tantos botões que são largos e bolachudos, verdadeiras panquecas eletrônicas. Não preciso dizer aqui mais sobre a tara do brasileiro por celulares. Eles são objetos de desejo e culto em todas as classes. O inusitado aqui é minha frigidez nesta orgia telefônica. Não dou a mínima pra essas parafernálias todas. Celular pra mim tem que fazer ligação e só. Ah sim, outros requisitos importantes são despertador, bloco de notas e lanterna. Acho que sou o último ser humano do mundo que usa com frequência a lanterna em um celular. Por ficar quase o dia inteiro em trânsito, leitura pra mim é fundamental. A lanterna é iluminação garantida. Esse maldito lampião me faz paracer um vagalume paranoico. Mas fazer o que? É preciso se distrair um pouco. Mas no meu próximo celular vou precisar de uma câmera. Mas parou por aí, prometo.