quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Macaca “boituvense” participa de filme infantil “Detetives do Prédio Azul 3”


Ela tem quase cinco anos de idade, é esperta, curiosa e não para quieta um minuto. Adora abraços e até dá beijos, mas morre de medo de ovelhas. Essa é Lívia, uma macaca-prego criada por um casal de adestradores de Boituva que está fazendo sua estreia no cinema nacional.

Lívia gravou participação especial no filme infantil “Detetives do Prédio Azul 3”, que chega em dezembro aos cinemas. O filme é o terceiro originado da série de grande sucesso produzida pelo canal fechado Gloob.

“As cenas em que ela participa são de transformação. Alguns personagens são transformados em bichos. No filme, ela atende e desliga o telefone. Ensaiamos em Boituva o que ela iria fazer e as gravações aconteceram no Rio de Janeiro, em agosto”, conta a adestradora Fabíola Hiller.

Fabíola e o marido, o também adestrador Eduardo Hiller, vivem com Lívia e outros animais no Hotel Fazenda Para Cães, instalado numa chácara no bairro Recanto Maravilha. O local conta com galinhas, galos, cabritos e um ganso que também faz uma ponta no filme, o Mimoso.

Tratamento de estrela
Fabíola conta que Lívia roubou as atenções da equipe envolvida nas gravações. Atores, cinegrafistas e técnicos estavam curiosas para ver a pequena estrela em ação.

A parte mais difícil foi contracenar com uma ovelha, bicho que Lívia tem medo. “Eu já tive ovelha e a Lívia não gostava, tinha medo. Na gravação a Lívia teve um pouco de dificuldade quando a ovelha estava junto. Eu comentei isso com a diretora e ela disse ‘vamos gravar separados’. Foi legal porque houve respeito. Eles respeitam as limitações e sabem até onde podem ir”, conta Fabíola.

Lívia e os outros animais tiveram todo o suporte nas gravações. “A gente está lá para minimizar ao máximo o desconforto do animal por estar em um ambiente diferente e sob um certo estresse. Tem ainda uma veterinária que fica o tempo todo para preservar a saúde dos animais. Caso algum passe mal, ela está pronta para dar assistência. Você se sente amparada”, continua a adestradora.


Presença em eventos
Lívia vem do único criadouro legalizado de macacos-prego do Brasil, localizado em Xenxerê, Santa Catarina.

Fabíola conta que ela foi escalada para fazer o filme por ser um animal muito dócil e sociável, que vai com facilidade no colo das pessoas.



Essa sociabilidade torna Lívia a grande atração dos eventos em que participa, pois ela também é contratada para fazer visitas em festas de aniversário e escolas.

Fabíola conta que as crianças são muito curiosas. “Elas ficam surpresas em saber que o macaco não vive só de banana e que ele não faz só ‘uh-uh’, tem várias vocalizações. Elas perguntam ‘tia, o que ela tá falando?’ e eu explico o que quer dizer cada vocalização da Lívia”, diverte-se.

Macaco legal
Apenas duas espécies de pequenos primatas podem ser comercializadas no Brasil, o sagui e o macaco-prego – as únicas autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

A adestradora reforça a importância de adquirir o animal pelos meios legais.  “Eles exigem um espaço grande para terem qualidade de vida. Se o macaco for confinado em uma gaiolinha, fica todo atrofiado, cheio de manias; alguns se automutilam e desenvolvem problemas comportamentais sérios”, alerta.

Fabíola conta que são as semelhanças entre o humano e o macaco que tornam esse contato tão especial. “O macaco tem a digital como a gente, a unha é igual à nossa, assim como as orelhas. É um bicho super amoroso e também muito próximo do que é o ser humano”, conclui.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Artista boituvense lança revista de personagem inspirado no universo dos super-heróis


Atormentado, Cover busca respostas em HQ de José Amorim Neto

Um homem comum é sequestrado, passa por uma sinistra experiência em laboratório e acorda preso em um traje que lhe dá superpoderes. Com uma nova identidade, ele sai numa caçada pelo responsável por seus tormentos. Esta é a história de Cover, personagem criado pelo artista boituvense José Amorim Neto e lançado em quadrinhos de forma independente em julho.

Aos 23 anos, desenhando desde a infância, o jovem quadrinista conta que o personagem foi inspirado em uma série de referências do universo dos super-heróis. “Juntei uma gama de coisas que eu gosto e formei a ideia”, conta Amorim.

Herói ou anti-herói?
Os fãs de HQ vão se lembrar de personagens como Wolverine e Venom. Na trama, conhecemos a história de William Banks, um sujeito sem muito brilho que é raptado por um misterioso cientista e torna-se cobaia de seus experimentos.

Revista tem periodicidade mensal e está à venda pela internet

Ele se vê revestido por um traje que é uma espécie de tecido vivo. O “uniforme” lhe dá força e resistência extras, além de ter uma capa com uma espécie de vida própria. Ela pode aumentar ou diminuir de tamanho e tem a capacidade de desviar balas se o herói for alvo de tiros.

Assim, William Banks torna-se Cover, um super-herói atormentado que quer a todo custo encontrar quem fez isso com ele.

“Ele se vê com o traje e não consegue removê-lo. Foi tudo muito rápido e ele só tem flashes da cena. A história se desenvolve na busca em voltar a ser o que era antes. O Cover é um cara que não quer ser incomodado. Ele tem algumas características de anti-herói, mas não chega a ser totalmente um”, explica o autor. A história se passa na cidade fictícia de Monte Cruz.

Quadrinista José Amorim Neto desenha desde a infância

Cover, que significa “capa” ou “cobertura” em inglês, é uma referência ao traje superpoderoso do herói.

Com periodicidade mensal, a revista do Cover pode ser adquirida via assinatura no site catarse.me/cover ou em edições avulsas no site da editora Fábrica. Cada edição tem 24 páginas coloridas e custa R$ 15,00 com frete incluso.

Graduado em Artes Visuais, José Amorim Neto também é professor. Cover está nas redes sociais, no Instagram (@oficial_cover) e no Facebook (facebook.com/oficialcover)

Cover busca respostas na primeira edição de sua revista