terça-feira, 14 de outubro de 2014

Uma briga sem mocinhos


E as redes sociais se tornam rinhas de galo.

De um lado, petralhas, do outro tucanalhas. Ou assim um grupo enxerga o outro.

O que me cansa é a leviandade do discurso em ambos os lados.

Se o PT teve a compra de votos de parlamentares através do mensalão, o PSDB teve a obscura emenda da reeleição de Fernando Henrique; suposta compra de votos cuja investigação foi engavetada na época.

Se o PT loteou o funcionalismo público e transformou ministérios em feudos de partidos aliados, o PSDB já havia consolidado esta prática. Os tentáculos do PMDB andavam de mãos dados com o governo, tanto que Renan Calheiros foi ministro da Justiça de FHC.

O que quero dizer é que não há resposta fácil, nem estrada dos tijolos dourados nessa encruzilhada.

O país amadureceu institucionalmente até aqui graças às contribuições dos dois partidos. Não haveria bolsa família hoje sem a estabilização da moeda com o Plano Real. Talvez ter um celular hoje não fosse tão banal se a telefonia não tivesse sido privatizada.

Também não dá para negar que os condenados do mensalão foram investigados e julgados por agentes do próprio governo - com o maior simbolo do julgamento, Joaquim Barbosa, sido indicado por Lula.

Cabe a cada eleitor ponderar as conquistas de cada governo e, usando a razão, escolher quem lhe parece melhor no próximo 26 de outubro.


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