domingo, 18 de setembro de 2011

Tempo

Envolvente, silencioso, constante, impiedoso
A árvore que seca, o primeiro dente a cair, a fruta amadureceu, já é hora de partir
O livro que amarela, as páginas amarelas - da revista nacional, da lista telefônica
O telefone preto, o tijolo falante
Agora é peça de museu
O tempo embrulha, amarra e solta
Se sobrevive, ganha nova vida
Vira quase arte, num outro nível
O papel vira vira aço
O barro é de concreto
A tinta é tatuagem
O ancião vira entidade
Se passou no teste do tempo
Emerge e ganha a eternidade

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