A Seleção tentava ganhar um tal de penta e eu estava prestando atenção num jogo de futebol pela primeira vez. Foi a partir dessa Copa que passei a acompanhar futebol. O Brasil tinha Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Denilson, Taffarel (e suas chuteiras verdes, da Topper). Um timaço. Mas tinha mais que isso, tinha Ronaldinho, o melhor jogador do mundo.
O melhor. O astro. O super-herói. O moleque carequinha que marcou uma geração. Que corria driblando, fazia gol e comemorava de braços abertos, fazendo aviãozinho. É esse jogador, o Ronaldinho do aviãozinho, que marcou minha memória como o primeiro grande jogador brasileiro a ser deus na Europa. A ser deus no mundo. Não conseguia imaginar que ele tivesse jogado por um time brasileiro. Parecia inalcançável.
Mas mesmo assim, não teve jeito. O Brasil perdeu, tomou um cacete da França. Ronaldinho teve um piripaque, ou algo tipo, antes do jogo e não foi Fenômeno. E meu pai chorou.