sábado, 3 de abril de 2010

Teoria de físico alemão contesta Newton



(Recorte de jornal encontrado em meio a fórmulas, teoremas complexos, sanduíches mordidos e uma garrafa de whisky do início do século passado)

O físico alemão Albert Einstein publicou ontem uma teoria que vem causando furor na comunidade científica. Batizada de “Teoria da Relatividade”, a argumentação defende que espaço e tempo são partes de uma mesma “entidade”, como se fossem uma figura geométrica. Este ponto de vista entra em choque com a do clássico físico Isaac Newton, cuja teoria afirmava que espaço e tempo são independentes.

“Minha formulação lança bases para outras pesquisas. Tenho certeza de que novas descobertas vão surpreender muita gente nos próximos dez anos”, afirmou Einstein durante o lançamento de sua publicação. De acordo com a Teoria da Relatividade, é possível aplicar conceitos simples de geometria para auxiliar na compreensão de intricados fenômenos envolvendo espaço e tempo.

A nova descoberta dividiu opiniões. Enquanto jovens saiam da conferência de apresentação da teoria usando camisetas estampadas com a curiosa fórmula “E= mc²”, cientistas de diferentes correntes eram cautelosos com a descoberta.

“Há estudos que ponderam a possibilidade de chegar à fissão nuclear controlada, num método possível a partir desta abordagem da relação espaço-tempo. A quantidade de energia liberada neste fenômeno é descomunal, impossível de controlar em laboratório”, afirmou o cientista paraguaio Carlos Gómez de La Rica.

Segundo de La Rica, nos próximos anos é possível até a criação de armas de destruição em massa seguindo esta hipótese. “Esta teoria de Einstein vai demandar uma discussão internacional sobre responsabilidade científica”, finalizou o cientista paraguaio.

Convidado para a conferência, o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont roubou a cena distribuindo autógrafos a entusiastas da performance do 14-Bis, primeiro aparelho mais pesado que o ar a alçar vôo. O brasileiro alcançou a proeza na semana passada, em Paris.

Dinheiro do pão
A conferência de apresentação da teoria aconteceu num espaço de eventos próximo da nova fábrica têxtil do industrial Levi Strauss. Impulsionado pelo sucesso da calça “Levi’s”, nova peça de vestuário criada pela marca, o empresário alemão abre sua terceira fábrica. O término da conferência coincidiu com a troca de turno dos operários. O resultado foi a estranha combinação de elegantes senhores de fraque e damas com peles misturados com homens esfarrapados e mulheres estafadas. Mães operárias levavam no colo crianças entregues à exaustão, após horas de trabalho pesado em máquinas de tecer e tonéis de tingimento de tecidos.

A reportagem se aproximou de um operário para saber sua opinião sobre a nova descoberta de Einstein. Não obteve êxito. “Não me interessa nada dessa conversa fiada. Agora me dê licença que vai começar o serão da madrugada na outra firma. O pão das crianças não espera”.
Na saída do espaço de eventos, filhos adolescentes dos convidados ostentavam as novíssimas “calças jeans”, encostados à porta de seus automóveis.